Ontem, representando interesses não satisfeitos apenas em fazer a exploração vil da força de trabalho das pessoas – em largo passo do processo que deseja aprofundar, ainda mais, o tratamento comercial dado a elas [às pessoas] -, a CCJ do Senado aprovou uma PEC para autorizar a venda de plasma sanguíneo.
Como se estivesse falando de batatas ou de cebolas (e não de sangue humano), a senadora-relatora Daniella Ribeiro exultou a proposta, tratando-a como um ‘estímulo’ às empresas privadas, que ganhariam autorização para produzir e comercializar hemoderivados.
Na realidade, esta é uma PEC super perigosa, pois, além de enfraquecer a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) – que perde a exclusividade da produção e venda dos hemoderivados, debilitando, naturalmente, o sistema público de saúde -, converte as pessoas, especialmente as mais pobres, em minas potencialmente fornecedoras da matéria prima usada pelas empresas do setor.
Observe que, diante da possibilidade de conseguir algum dinheiro pela venda do próprio sangue, além de as pessoas mais pobres serem tentadas a entregar o corpo aos vampiros endinheirados, haverá fortalecimento da máfia que já atua na área.
Se o Congresso Nacional não rejeitar esta PEC, estará aberto o caminho para a aprovação de outras (PECs) com objetivo de autorizar o comércio de olhos, línguas, baços, corações, fígados, rins, mãos, pés, pescoços, pernas, braços, veias, peles e tudo mais, reduzindo a população mais pobre à condição de vitrine de ‘produtos’ e convertendo o Brasil num grande açougue.
Espero que o Congresso Nacional rejeite a já chamada PEC do Sangue e nos livre da sede dos vampiros que rondam o País.
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