Conhecer a si próprio é uma condição essencial para que as pessoas possam compreender a reação que têm diante da vida. Muitos, por não se conhecerem, enfrentam momentos de surpresa com as atitudes que tomam diante de certos episódios, especialmente aqueles menos frequentes ou inusitados. É nesta perspectiva, com o objetivo de estabelecer precauções às incertezas da vida, que um crescente número de pessoas por todo o planeta se dedica ao estudo da individualidade, procurando ampliar os conhecimentos sobre o próprio Eu.
Este, no entanto, é um vasto campo, repleto de inconstâncias, incertezas, peculiaridades. O interior das pessoas, especialmente os setores mais profundos da individualidade, é ambiente sempre virgem e marcado por meandros e as facetas que se multiplicam em desafio a inteligência e a sensibilidade dos peregrinos do Ego. Não é sem razão que, mesmo pessoas que cultivam o autoconhecimento, eventualmente se abismam com as respostas que dão ao incomum. E, nestes casos, admitem que precisam aprofundar o conhecimento que têm de si próprios, em processo de reconhecimento do Eu.