Hoje é um dia muito especial para os nordestinos, principalmente para os pernambucanos.
Há duzentos anos, num dia 02 de julho, eclodiu a chamada Confederação do Equador – um movimento revolucionário de caráter republicano e separatista, que prontamente se alastrou para outras províncias do Nordeste, sendo acolhida com entusiasmo na Paraíba, no Rio Grande do Norte e no Ceará.
Ocorrida apenas dois anos depois da proclamação da independência, a nova revolta encabeçada por Pernambuco poderia ter encurtado o período do Império, abreviando a instalação da República (pelo menos no Nordeste) em 65 anos.
Na realidade, a Confederação do Equador foi uma das consequências da Revolução de 1817, também ocorrida em Pernambuco, de índole igualmente separatista e republicana, que sublevou a antiga capitania contra a monarquia e [contra] as desigualdades sociais.
Se, em 1817 a repressão contra os pernambucanos foi dura (na época, D. João VI decepou a comarca das Alagoas do território pernambucano), a reação de Dom Pedro contra os confederados foi implacável.
Assustado com os ventos libertários soprados desde o Nordeste, o imperador recorreu a empréstimo contraído junto ao Reino Unido para pagar a fortuna exigida pelos mercenários contratados por Thomas Cochrane e reprimiu a Confederação do Equador, executando seus principais líderes, incluindo o Frei Caneca, e, mais uma vez, esquartejando o território de Pernambuco, que, então, perdeu a Comarca do São Francisco.
A perversidade das penalidades aplicadas aos confederados não arrefeceu o sentimento libertário dos pernambucanos, assim como os nordestinos, mantém a ânsia por justiça e liberdade e está sempre pronto para uma luta justa e necessária.
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