Os idiotas (entre os quais se destacam os bolsonarista e a turma da Direita em geral) não sabem, mas os cargos têm uma ‘grandeza’ (ou ‘pequenez’) implícita.
Aliás, esta característica impõe um requisito de dimensão política àqueles que podem exercê-los – existem alguns cujo comportamento é incompatível com certos cargos.
Não é uma questão de competência e, sim de estatura politica. De fato, a depender do seu ‘jeito de ser’, algumas pessoas não se prestam para exercer certos cargos – é possível imaginar Titririca na cadeira presidencial ou, em contaponto, [imaginar] Fernando Henrique Cardoso no exercício do mandato de vereador de Serra da Saudade?
Embora alguns não tenham capacidade para perceber ou saber disso, a dimensão política é um quesito essencial do processo de escolha, mais importante, mesmo, do que a questão eleitoral.
Fora os casos das candidaturas ‘de protesto’ ou para ‘marcar posição’, as candidaturas de seres de dimensão política incompatível com os cargos pleiteados revelam um certo desrespeito à Democracia.
Por outro lado – como aconteceu com a eleição para vereança do carroceiro Brás Batista no Recife -, a decisão do votar em candidato despreparado significa desilusão do eleitor com a política, desdém ao cargo ou ao processo eleitoral.
Nesta perspectiva, se tiver a responsabilidade que a sociedade espera dos seus lideres políticos, ao escolher candidatos aos cargos, além do potencial eleitoral, os dirigentes partidários devem atentar para a sua ‘dimensão política’.
Imagine o fiasco que não teria sido a presença de um desqualificado como Pablo Marçal à frente da prefeitura da cidade de São Paulo. Lembre da vergonha imposta aos brasileiros pela presença do capitão Jair Bolsonaro na presidência da república.
Algumas pessoas têm dimensão política para ocupar certos cargos e outras não têm. Simples assim.
O fato de nomes como Gustavo Lima, Michelle Bolsonaro ou Gilvan da Federal aparecerem na nominata de pesquisas de intenção de voto para presidência da república, denota certo desrespeito do instituto pesquisador pelo cargo.
Não foi sem razão que, ao saber da possibilidade de o Partido Liberal lançar a candidatura presidencial da antiga cortesã Michelle Bolsonaro, os bolsonaristas Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro) e Fabio Wajngarten (ex-secretário de Comunicação do ex-presidente) se apressaram em dizer que “preferiam Lula”.
Cargo público é coisa séria e exige envergadura compatível daqueles que pretendem exercê-lo.
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