Sempre confiei muito nas coisas do Brasil.
Meu dinheiro (que é muito pouco, por sinal), por exemplo, só o confio ao Banco do Brasil ou à Caixa Econômica Federal. Quando a Petrobras realizou a capitalização para adquirir os recursos necessários para a custear a exploração do pré-sal, me apressei em comprar as ações possíveis ao meu bolso. Acho que, se tivesse tido a chance, teria participado da campanha ‘Dê ouro para o Brasil’.
Como sempre evoca sentimentos de brasilidade e de patriotismo, a marca ‘Brasil’ é das mais fortes do País.
E, neste embalo, outras marcas associadas ao Brasil preenchem o imaginário das pessoas, adquirindo automaticamente grande apelo e força publicitária.
Aliás, como pode funcionar como gatilho ou elemento decisório de operações comerciais, esta condição anima espertalhões e, infelizmente, desperta a possibilidade de muitas falcatruas.
É o que ocorre, por exemplo, com as pessoas que, por dar preferência aos produto vinculados ao ‘Brasil’ ou a marca a ele associado, só abastecem o carro ‘em postos da Petrobras’, sendo induzidas a erro, pois, graças à má fé da turma de Bolsonaro, mesmo parecendo [ser da Petrobras], os postos da Petrobras não são da Petrobras.
De fato, ao vender (a preço de banana) a rede de postos da BR Distribuidora em 2019 – em atitude enquadrada na Grande Corrupção constituída pelo programa de desestatização levada adiante pelo ministro Paulo Guedes – o governo de Jair Bolsonaro deu à empresa privada ‘Vibra Energia’ o direito de continua a usar a marca tão cara ao povo brasileiro.
Assim, ao contrário daquilo que o imaginário possa levá-lo a pensar, ao dar preferência aos postos da BR Distribuidora, o consumidor não está num posto Petrobras e, sim num posto da empresa privada chamada ‘Vibra Energia’, a qual, sem pagar um centavo de royalty, se locupleta do embuste urdido por quem bolou o esquartejamento e venda de alguns dos seus pedaços da Petrobrás.
Este é apenas uma das milhares de falcatruas ocorridas no âmbito do programa de desestatização levado adiante pelo governo Bolsonaro – o maior antro de corrupção já ocorrido na história do Brasil.
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