Cumprindo a sua missão institucional de ‘seguir o dinheiro’, produzindo aquilo que os técnicos chamam de ‘inteligência financeira’, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) apurou que, só neste começo de 2023, o ex-presidente e agora inelegível Jair Bolsonaro movimentou quase R$ 18,5 milhões (mais do que o valor das jóias-propina por ele contrabandeadas da Arábia Saudita).
Questionado sobre a movimentação atípica, Bolsonaro tinha uma resposta pronta na ponta da língua e, sem sequer piscar (como fazem os mentirosos de respeito), respondeu que a dinheirama veio dos depósitos de Pix feitos pelo gado espalhado pelo País.
E, claro como piscina de clube chique, me veio à memória a figura do ex-deputado baiano João Alves de Almeida, que, em 1993, questionado sobre a origem da sua fortuna pela CPI dos Anões do Orçamento, disse que o crescimento atípico de seu patrimônio se devia às 200 vezes que ganhou sozinho na loteria esportiva.
Lembro que, na ocasião, o relator-deputado Roberto Magalhães não acreditou na história e recomendou a cassação dele e de outros 36 parlamentares corruptos. Para não ser cassado João Alves renunciou ao mandato e saiu da vida pública.
Tudo indica que Bolsonaro vai se dizer perseguido e pedir depósitos em Pix aos admiradores
Leia mais em
www.alexandresanttos.com.br
Conheça o Canal Arte Agora
www.youtube.com/c/ArteAgora