Por pior que seja uma administração, alguma coisa boa ela terá de ter feito.
Esta máxima se aplica até ao governo do usurpador Michel Temer, que – embora tenha sido o caminho por onde veio o golpe de 2016, passou a horda liberal e tenha contribuído para criar a essência que amalgamou a extrema-direita da qual emergiu Jair Bolsonaro – fez a indicação do ministro Alexandre de Moraes para suceder Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal.
De fato, especialmente no enfrentamento às gangues antidemocráticas e aos milicianos digitais, Alexandre de Moraes tem revelado a inflexão necessária para combater os arautos das fakenews e as basófias golpistas, até mesmo da família Bolsonaro, incluindo o velho Jair ainda protegido pela imunidade concedida pelo cargo.
A presença do ministro Alexandre de Moraes à frente do Tribunal Superior Eleitoral neste período tem sido essencial para a manutenção da Democracia no Brasil, pois, com firmeza e algum jogo de cintura, soube conter as investidas do Ministério da Defesa e as afrontas da Polícia Rodoviária Federal, órgãos aparelhados pelo presidente Jair Bolsonaro para criar condições capazes de permitir a sua permanência no Palácio do Planalto.
Agora, ainda às voltas com a diplomação dos eleitos, Alexandre de Moraes enfrenta a sanha golpista da extrema-direita, que se recusa a aceitar o resultado das eleições e exige uma impensável intervenção militar.
Até onde sabemos, a postura do ministro continua sólida como sempre e não temos razões para desacreditar na sua promessa de aplicar e cobrar a aplicação da lei aos meliantes até as últimas consequências.
Esperamos que o ministro Alexandre de Moraes seja extremamente duro com os golpistas, pois os crimes contra a Democracia estão entre os mais graves que um homem pode cometer.