Como esperado, em função do somatório da combinação ‘dificuldade de pensar & má fé’ com o estímulo dado pela nota lida na véspera por Jair Bolsonaro, os bolsonaristas intensificaram a campanha de insurreição contra a Democracia, clamando um golpe de estado pelas Forças Armadas.
Reprisando a receita usada em 2018, com a simpatia velada da Polícia Rodoviária Federal, a turma do Capetão mobilizou os caminhoneiros para bloquear estradas estratégicas para o transporte rodoviário – iria ‘parar’ o País para dizer NÃO à posse de Lula e exigir uma intervenção militar.
Acontece que, além de prejudicar a sociedade em geral, a paralisação das estradas fere os interesses comerciais dos grandes apoiadores e financiadores da extrema-direita brasileira, inclusive o pessoal do agronegócio.
Não foi necessário gastar muito fosfato para a inteligência empresarial identificar o comando do movimento no próprio Palácio do Planalto, concluindo que o presidente da república é o chefe da subversão tão prejudicial ao País.
E, aí, os grupos empresariais prejudicados pressionaram o líder subversivo para suspender os bloqueios rodoviários.
O desfecho deste processo foi ridículo, pois, em vídeo distribuído à imprensa, Bolsonaro revelou quem, de fato, é.
Ao invés de falar como presidente da república e determinar providências ao governo, Bolsonaro abandonou a indumentária presidencial e, assumindo o lado underground, vestido como se fosse um Zelensky dos Trópicos, falou diretamente aos seus liderados, pedindo o fim dos bloqueios.
Não sabemos se Bolsonaro será obedecido pelos meliantes, mas, pelo menos, o episódio serviu para confirmar que Bolsonaro é o grande líder da oposição ao Brasil.