Outro dia, quando, comentando sobre a dinâmica política da Venezuela, acertadamente, Lula lembrou o caráter relativo da Democracia, a grande imprensa (aquela que representa a opinião das grandes fortunas – proprietários, anunciantes e comandantes do status quo) e todos os seguimentos da Direita ‘caíram de pau na cabeça dele’.
Na época, apenas alguns (como este que vos escreve) lembraram a ‘democracia britânica’, que reserva a chefia do Estado a um monarca, ou a ‘democracia dos Estados Unidos’, onde nem sempre vence a eleição presidencial aquele que tem mais votos.
Na realidade, além das características próprias de cada país e de cada povo, a evolução tecnológica e social (expressa, por exemplo, no aprimoramento das técnicas de formação da opinião pública pelas fakenews) tornam imperiosos certos ‘ajustes’, que relativizam, ainda mais, as práticas ditas democráticas.
Talvez o anúncio feito pelo presidente (e candidato à reeleição) Joe Biden de que assinará o projeto-de-lei proibindo o funcionamento do TikTok se enquadre neste caso.
Alguém duvida que uma medida desta natureza significa censura e afronta um ‘direito democrático’?
Será que algum daqueles que se apressaram para condenar Lula vai erguer a voz para condenar Joe Biden (que, efetivamente, está prestes a sustar um ‘direito democrático’)?
Acho que não.
De qualquer forma, mesmo ser conhecer detalhes da situação, o caso TikTok deixa claro o caráter relativo da Democracia e o acerto da opinião de Lula.
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