Vejam a confusão que a fragilidade diplomática pode provocar. O golpe de 2016 deixou claro o desapreço dos círculos internacionais com golpistas e truculentos em geral. Lembro que, ainda em 2016, na primeira viagem internacional tão logo usurpou a presidência do País, Michel Temer sequer foi recebido por autoridade local no aeroporto e, para não passar despercebido, ‘passou em revista’ os funcionários do hotel organizados às pressas para recebê-lo (que coisa ridícula, meu Deus). Agora, agarrando a chance de fazer uma ‘visita oficial’ a convite de anfitrião importante, Jair Bolsonaro prontamente aceitou aceno de Waldimir Putin para ir a Moscou. Nem lembrou das complicações da Ucrânia e que poderia servir de joguete no xadrez Internacional. A confusão está feita. Sem oferecer convite para visitar Washington como compensação e alternativa, os EUA simplesmente mandaram Bolsonaro cancelar a viagem à Rússia. E agora? O que Bolsonaro vai fazer? Perder a única chance que lhe deram para fazer uma ‘viagem internacional decente’ para agradar os EUA? AJFS
Autor: Alexandre Santos
Alexandre Santos é engenheiro e escritor. Preside a Associação Brasileira de Engenheiros Escritores, presidiu o Clube de Engenharia de Pernambuco e a União Brasileira de Escritores e faz a coordenação nacional da Câmara Brasileira de Desenvolvimento Cultural. Autor premiado com livros publicados no Brasil e no exterior, Alexandre é o editor geral do semanário cultural ‘A voz do escritor’ e diretor-geral do canal ‘Arte Agora’.