Durante muito tempo, no embalo da sua incansável luta contra os desníveis regionais, usando dados da época, o inesquecível professor Sebastião Barreto Campello demonstrou que, se fosse independente, o Nordeste seria um país rico e superavitário em muitos aspectos, habilitado, inclusive, a pertencer a OPEP.
Embora seus dados estivessem corretos – não foi sem razão que, ao escrever a letra da canção ‘Nordeste independente’, com todas as palavras, os compositores Bráulio Tavares e Ivanildo Vilanova escreveram “Imagina o Brasil ser dividido e o nordeste ficar independente / Dividindo a partir de Salvador o nordeste seria outro país Vigoroso, leal, rico e feliz Sem dever a ninguém no exterior” -, consciente do sentimento de brasilidade que deve animar todos os brasileiros, Sebastião Barreto Campello jamais defendeu o separatismo.
Agora, na contramão deste sentimento [de brasilidade], vem o governador de Santa Catarina Jorginho Melo defender que a região Sul se separe do Brasil. Com efeito, na 5ª feira passada, dia 12 de junho de 2025, em discurso por ocasião da abertura do encontro ‘Construa Sul 2025’, em Curitiba, provavelmente refletindo o sentimento preconceituoso próproo do nazifascismo, sob o beneplácito dos congêneres Ratinho Jr. (do Paraná) e Eduardo Leite (do Rio Grande do Sul), Jorginho Mello defendeu a separação da região Sul do restante do Brasil.
Um absurdo!
Aliás, apesar de perfeitamente sintonizada com o supremacismo defendido pelo nazifascismo, a tese contraria o patriotismo que os conservadores dizem ter e, além de incompatível com os valores ensinados a todos os brasileiros, [a tese] é ilegal, pois fere a Constituição.
Jorginho Melo é um subversivo que, contando com a ignorância dos seus pares e com a apatia do Ministério Público, finge não saber a forma como a lei tipifica a conduta para separar parte do território nacional, estabelecendo que “tentar desmembrar parte do território nacional para constituir país independente” é crime e pode levar à pena de reclusão por até 12 anos.
Um governador de estado não pode sair por aí dizendo e fazendo qualquer besteira.
Uma coisa é ele apalpar o busanfan de Michelle Bolsonaro (gesto que, embora grosseiro, apenas revela o tipo de permissividade naquelas andas). Outra coisa é Jorginho Melo pregar o separatismo.
Este criminoso precisa ser enquadrado nas leis do País.
Cadeia para o separatista Jorginho!
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