Na 5ª feira passada, dia 10 de abril de 2025, em entrevista à Fox News, o secretário de Defesa dos Estados Unidos Pete Hegseth arregalou a bocarra e, com dentes e garras à mostra, disse com todas as letras: “Nós vamos retomar o nosso quintal”.
Pois bem.
Três dias depois, em significativo passo para atender ao desejo do Tio Sam, o banqueiro Daniel Noboa foi reeleito para presidir o Equador.
O detalhe é que, na véspera da eleição (cumprindo, talvez, algum plano inspirado nas palavras do secretário Pete Hegseth), o banqueiro-presidente decretou Estado de Exceção em sete de 24 províncias do Equador, coincidentemente as regiões mais simpáticas à candidata concorrente Luisa González.
Na prática, o Estado de Exceção decretado por Daniel Noboa funcionou como as fiscalizações da Polícia Federal Rodoviária determinadas por Silvinei Vasques no Nordeste do Brasil para prejudicar o eleitorado de Lula.
Contrariando todas as pesquisas realizadas no período anterior ao pleito, que apontavam um ‘empate técnico’, o resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral apontou a vitória do banqueiro por 12 pontos percentuais (55,6% para Daniel Noboa e 44,4% para Luisa González).
Não há dúvidas de que, mais uma vez, a Direita usou a mão-grande para burlar a vontade do Povo. Marcada pelo espírito combativo, Luisa González prontamente denunciou fraude eleitoral, avisou que não reconheceria o resultado e exigiurecontagem dos votos.
De sua parte, o banqueiro Daniel Noboa se diz muito tranquilo. Ele sabe que, em última instância, poderá ser empossado pelo presidente dos Estados Unidos em solenidade na Casa Branca (como Edmundo Gonzalez quis fazer quando perdeu as eleições para Nicolas Maduro).
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