A sabedoria popular ensina que, se uma pessoa disser com quem anda, é possível inferir muito a seu respeito. Sempre dizendo coisas velhas com palavras novas, os modernos falam numa tal ‘eloquência do network’.
Seja como for, há uma espécie de magnetismo social que leva as pessoas a se relacionarem com suas semelhantes.
Ao ver alguém na companhia regular de religiosos, por exemplo, é lícito que se desconfie tratar-se também de um crente nas coisas de Deus. O mesmo ocorre quando vemos alguém numa torcida de futebol, num comício político, numa balada. O raciocínio é claro: se está ali, com aquela companhia, é porque, muito provavelmente, gosta ou, pelo menos, não se sente ofendido com aquilo que ocorre no seu entorno.
Pois bem.
Quando observamos o entorno de Jair Bolsonaro, concluímos com facilidade quem deve ser ele. Um olhar para trás mostra que seu pai, o charlatão Percy Geraldo Bolsonaro, conhecido por arrancar dentes por preços módicos, cujo DNA falou alto no modo como Jair formou o seu perfil psicológico e compôs a sua turma – a começar pela esposa, que conheceu numa festinha organizada por Rose, famosa cafetina atuante no Congresso Nacional.
No álbum de família é possível ver-se antigos traficantes, assassinos, estelionatários, reis-da-rachadinha e garotas de programa.
No rol do amigos, aparecem falsários, torturadores, milicianos e outros escroques, entre os quais se destacam Fabrício Queiroz, Frederick Wassef, Adriano da Nóbrega, Mauro Cid e outros de igual teor tóxico.
Agora vem à tona que (PASME) o ‘major’ Ailton Barros, um dos assessores de Bolsonaro presos por envolvimento na quadrilha das vacinas, já morreu – segundo os registros do Exército Brasileiro, o major Ailton Barros não está vivo e sua ‘viúva’ recebe pensão de R$ 22 mil.
Responda com sinceridade: um homem que cultiva a amizade e se aconselha com estelionatário, assassinos, prevaricadores, falsários, cafetinas, milicianos, traficantes, torturadores e, como se soube agora, vivos-mortos, pode ser gente-boa?
Os especialistas dizem que, pelo menos, ele é um pouquinho de cada um dos seus amigos, parceiros e companheiros.
É isso o que Bolsonaro é.
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