Quando a onda de tristeza provocada pelo anúncio do adiamento do julgamento do Marreco de Maringá começava arrefecer o entusiasmo pré-carnavalesco, explodiu a notícia da investida da Polícia Federal (PF) na cassada a alguns dos mentores da tentativa de golpe contra a Democracia no Brasil.
Com efeito, nesta 5ª feira, dia 08 de fevereiro, antevéspera do desfile do Galo da Madrugada, ao invés de detalhes da cassação do senador Sérgio Moro, os brasileiros tomaram conhecimento da operação realizada pela PF no Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e Distrito Federal para cumprir 33 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de prisão preventiva e 48 medidas alternativas (como a proibição de manter contato com os demais investigados, de sair do país, de entrega de passaportes e a suspensão do exercício de funções públicas.
Entraram na dança o ex-presidente Jair Bolsonaro (que teve de entregar o passaporte Que vergonha, meu Deus!), o presidente do PL Valdemar Costa Neto (que estava de posse de uma arma ilegal e foi preso por isso), o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, os generais Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Walter Braga Netto (candidato a vice-Presidência na chapa de Bolsonaro) e Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e uma reca menor que, desde hoje, já vai começar a ver o sol quadrado – Filipe Martins (ex-assessor especial de Bolsonaro), coronéis (reserva) Marcelo Câmara e Bernardo Romão Corrêa Netto e o maj R/1 Rafael Martins.
Desta vez, a coisa é tão séria que, no mandadoo encaminhado à PF, o ministro Alexandre de Moraes menciona a minuta golpista (documento revisto por Jair Bolsonaro, que previa a prisão do próprio Moraes, do ministro Gilmar Mendes e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
De sua parte, ao informar sobre a operação, a PF disse que ação apura “organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder”.
Seja como for, o noticiário ampliou a alegria carnavalesca que toma conta do País, impulsionando a venda de cerveja.
De qualquer forma, sabemos que a grande festa está por vir.
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