O resultado da II Guerra Mundial deu aos Estados Unidos os instrumentos necessários para a consolidação da sua liderança – além do poderio militar e a bomba atômica, os Estados Unidos assumiram o controle do sistema monetário mundial, fincaram o pé na Europa Ocidental e no Japão, construíram os principais organismos mundiais em seu próprio território e aprimoraram técnicas de dominação a partir do controle da informação.
Aliás, poderosa ao ponto de levar ao ridículo quem dela desconfiasse, a máquina de propaganda norte-americana fez o mundo acreditar em absurdos como a chegada de homens à Lua e a existência de armas de destruição em massa no Iraque.
De fato, com base na eficiência da sua máquina de propaganda, os Estados Unidos formulam e fazem valer doutrinas de dominação – a luta contra o comunismo, o combate ao narcotráfico, o enfrentamento à corrupção e tantas outras conforme a conveniência dos momentos -, [doutrinas de dominação] que, respaldadas pelos outros instrumentos de poder estratégico, permitem à Casa Branca definir a direção e a força dos ventos, sentenciando quem é ‘terrorista’, quem é ‘comunista’, quem é ‘corrupto’, quem é ‘narcotraficante’, enfim, quem merece e não merece estar no
Poder ou nas cadeias, pautando opiniões e comportamentos.
Todos os dias, perdidas no emaranhado das fakenews, meias-verdades e baboseiras que animam a pauta dos noticiários, aparecem notas que, caso observadas por lupa isenta, deixam claro o quão indefesa a sociedade está do processo de dominação.
Por estes dias, por exemplo, veio à luz que, se valendo de prerrogativas aduaneiras (pelo fato de a sede das Nações Unidas ficar em Nova York), como já fez em outras oportunidades com a delegação do Irã, os Estados Unidos boicotaram a participação da representação da Rússia na Comissão de Informação da 46ª sessão da Assembleia Geral da ONU.
Isto é um absurdo!
Da forma como estão organizados, os organismos internacionais não têm a isenção que precisam ter para fazer a mediação das relações entre os países.
Não ocorre sem razão a falta de punição a Israel pelo genocídio de Gaza quando, por motivos menores, a Rússia sofre todo tipo de retaliação; [Não ocorre sem razão] a enxurrada de dólares despejada pelos Estados Unidos nas guerras pelo mundo; [Não ocorre sem razão] a inversão de valores que se vê por aí.
Tio Sam que me perdoe a sinceridade, mas acho que o dedo dele está em tudo de ruim que acontece no mundo…
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