Um dos instrumentos de pressão mais populares (e ineficazes) usados pelos bam-bam-bans do chamado mundo ocidental é o Embargo comercial.
De fato – como pensam, sobretudo, com o bolso -, os líderes ocidentais imaginam que o ataque ao comércio faz cessar qualquer resistência.
É assim, por exemplo, que, além das eventuais bombas, os Estados Unidos costumam tratar desafetos, como faz com Cuba desde o início dos anos 60, com a Venezuela, desde Hugo Chavez, com a Coreia do Norte, desde sempre, e com a Rússia, tão logo começou a guerra no Leste Europeu.
Naturalmente, recorrendo a seus próprios recursos, bem ou mal, com níveis variáveis de sofrimento da população, os países embargados descobrem modos de conviver com a restrição e seguem a vida.
De qualquer forma, o Embargo é largamente usado e, como todas as coisas, conta com adeptos e defensores.
Pois bem.
Agora, em campanha espontânea e, ainda, meio anárquica, em protesto contra o genocídio perpetrado pelas tropas de Benjamim Netanyahu contra a população palestina, a técnica vem sendo usada contra empresas e contra o Estado de Israel, que passaram a ser alvos de boicotes e embargos comerciais.
Aliás, provavelmente estimuladas pelo noticiário sobre a iniciativa mundial de boicote a produtos de empresas israelenses e pertencentes a grupos judeus, muitas organizações estão suspendendo negócios que envolvam Israel.
Nestes últimos dias, por exemplo, a revista The Economist informou que, aderindo a campanha já levada adiante pelas empresas Maersk, Hapag-Lloyd, CMA, CGM e a MSC, a companhia de navegação OCL, de Hong Kong , anunciou a suspensão do transporte de mercadorias que tenham Israel como origem ou destino.
Não acredito que, enquanto contar com o apoio da Casa Branca, o governo de Benjamim Netanyahu mude a sua politica genocida, mas, de qualquer forma, jamais poderá alegar não ter sido avisado sobre o repúdio despertado pela carnificina que promove na Palestina.