Apesar da relutância de alguns aceitarem a tese, não há como negar a estreita relação entre o Liberalismo e a impunidade.
De fato, para aqueles que almejam a liberdade de fazer tudo que lhes dá na telha, não há cabimento em qualquer regra cuja aplicação cerceie a sua iniciativa.
Esta é a razão da aversão nutrida pelos liberais às regras e, em contraponto, o seu apreço pela ‘desregulamentação’.
Não é sem amparo filosófico que os liberais clamam pela anistia aos golpistas de 2022.
Aliás, há perfeito enquadramento deste modo de pensar com o modo de agir dos chamados ‘liberais raiz’.
Veja, por exemplo, o caso do ex-deputado Daniel Silveira, um típico liberal-raiz cuja incompatibilidade com as regras levou Jair Bolsonaro a tentar blindá-lo com um manto de impunidade (através de um indulto presidencial que o colocaria acima das leis).
De tão tomado pelo espírito liberal, Daniel Silveira não consegue, sequer, cumprir as medidas restritivas impostas àqueles que alcançam os seus benefícios [os benefícios da lei].
Ontem, depois de ganhar a ‘liberdade condicional’ em 20 de dezembro por ter cumprido 1/3 da pena (a que fora condenado por tentar destruir o Estado de direito), Daniel Silveira voltou ser preso (apenas seis dias mais tarde) por ter violado as medidas cautelares correspondentes [à liberdade condicional] (segundo o alvará de prisão exarado pelo ministro Alexandre de Moraes, assim que ganhou a liberdade, o meliante passou a agir como se não precisasse obedecer as restrições de locais, horários e outras estabelecidas na liberdade condicional).
Assim como os outros da sua laia, o modo de pensar e de ser de Daniel Silveira são incompatíveis com o convívio social e, para causar menos prejuízos à sociedade, ele deveria permanecer trancafiado.
E ainda tem gente que fala em anistia…
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