Apesar da opinião contrária dos psicólogos, tem gente que é irrecuperável, confirmando o adágio popular segundo o qual ‘pau que nasce torto, morre torto’.
Naturalmente, para além dos casos decorrentes dos eventuais desvios de caráter trazidos no DNA, muitos deles [destes casos] são frutos da formação pessoal adquirida ao longo da vida.
Aqueles que abraçam as formas mais radicais do Liberalismo, por exemplo, alegando o ‘desejo de liberdade’ e o repúdio a qualquer coisa que lhes tolha a liberdade, rejeitam submeter-se às regras (quaisquer que sejam elas).
Estes são ‘paus-que-nascem-torto’ (ou ‘paus-que-ficam-torto’) que, por não aceitarem regras, fazem coisas proibidas e, por convicção liberal, querem permanecer na impunidade e se sentem perseguidos quando [são] admoestados pelas infrações cometidas.
Observe, por exemplo, o número de bolsonaristas que, por não obedecerem e infringirem as leis, respondem a processos perante a justiça e, nos termos do extremo liberalismo sonhado por eles, se dizem alvo de perseguição.
Para estas pessoas, a lei não existe (ou só existe naquilo que lhes interessa). O caso de Jair Bolsonaro – que, desde 30 de junho de 2023, está inelegível por condenação do Supremo Tribunal Federal (STF) até 2030 – é emblemático.
De fato, pouco ligando para a condenação imposta pelo STF, acompanhado pelos seus seguidores, Jair Bolsonaro se diz ‘candidato’ às próximas eleições presidenciais.
De sua parte, provando que ‘filho de peixe é peixinho’, também desdenhando os processos que correm contra si no STF e na Câmara dos Deputados (tudo leva a crer que perderá o mandato de deputado federal e, se retornar ao Brasil, será preso imediatamente por crime lesa-pátria), o 03 Eduardo anunciou candidatura ao Palácio do Planalto no próximo ano.
Este pessoal, para o qual a lei não existe, representa grande perigo para a sociedade.
Pau que nasce torto, morre torto.
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