De vez em quando, os processos eleitorais são marcados pelos chamados ‘voto de protesto’, redundando em aberrações folclóricas.
Foi neste tipo de ambiência política que as pessoas votaram no rinoceronte ‘Cacareco’, no Rio de Janeiro, e no bode ‘Cheiroso’, em Jaboatão dos Guararapes.
Foram votos desta natureza que elegeram o carroceiro Brás Batista para a Câmara Municipal do Recife e excrescências como o delegado EderMauro, do Pará, e os radialistas Bibo, do Rio Grande do Sul, e BocaAberta, do Paraná, para a Câmara dos Deputados.
Naturalmente, a desilusão política leva o eleitor a descrer no processo eleitoral e, talvez como forma de desmoralizar o sistema, a votar ‘em qualquer um’ como mensagem de que não acredita na política. Foi assim nas eleições de 2018, quando, ainda sob efeito da campanha golpista que levou ao 2016, [o eleitorado] deu as costas para a política e votou em Jair Bolsonaro (que, na época, se dizia um ‘candidato anti-política’).
Vale destacar que a anti-política é um péssima opção e pode (como no caso do próprio Bolsonaro) produzir grandes desastres.
Anote que o povo ucraniano só foi levado a uma guerra suicida e devastadora por ter eleito o despreparado Volodimir Zelenski para à presidência da república.
Este é o risco que corre a Argentina, com a eventual eleição do ridículo Javier Milei.
Risco parecido correu a população de Cuiabá, que, na última eleição para a prefeitura, por absoluta descrença e desapego às questões políticas, quase elegeu o despreparado, irresponsável e desqualificado Abílio Brunini – um comediante arremedo de político que, atualmente, no exercício do mandato de deputado federal, passa os dias na Câmara como um ‘buzuntão azedo’, fazendo chacota por onde anda, envergonhando o povo mato-grossense.
Política é coisa séria e nela, se for encarada com seriedade, não há lugar para brincalhões e farsantes.
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