O cerco a Jair Bolsonaro e sua gente está se fechando. Foram tantos os mal (e mau) feitos que não há escapatória para eles.
Os indicadores do cerco estão se somando.
(1) O ex-ministro e articulador golpista Anderson Torres continua preso;
(2) além das 223 pessoas, três empresas, uma associação e um sindicato já processados por participação ou financiamento do Oito de Janeiro, a Advocacia Geral da União (AGU) anunciou que, nos próximos dias, vai acionar mais 45 pessoas para ressarcir os cofres públicos pela depredação das sedes dos Três Poderes durante a tentativa de golpe;
(3) concluindo o processo aberto para apurar a célebre reunião com os embaixadores para detratar o sistema eleitoral brasileiro, o Ministério Público Federal propôs (e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgará nos próximos dias) a inelegibilidade de Jair Bolsonaro por oito anos;
(4) o inquérito aberto pela Polícia Federal para apurar o caso das joias já reúne indícios do envolvimento direto de Jair Bolsonaro nos crimes de peculato, contrabando, prevaricação e corrupção, o quê pode render-lhe alguns anos de prisão;
(5) ao mesmo tempo, em procedimento ainda no âmbito de processo aberto sobre o Oito de Janeiro, o ministro Alexandre de Moraes determinou que, em dez dias, a Polícia Federal colha o depoimento de Jair Bolsonaro sobre sua participação no caso.
Vendo que, mais cedo ou mais tarde, as investigações chegarão ao programa de desestatização e descobrirão o maior antro de corrupção já instalado no Brasil, o ex-ministro da economia Paulo Guedes se exasperou e anunciou que, se o Bolsonaro for preso, [ele] sairá do País.
Como, de alguma forma, a fuga de Paulo Guedes configura algo tipificado como ‘obstrução de justiça’, talvez seja o caso de reter o seu passaporte.
Junto daquilo que ocorreu no programa de desestatização, as propinas já conhecidas são fichinha.
Que o cerco continue.
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