De vez em quando, repetindo Rui Barbosa, em ‘Oração aos Moços’, lembro que “justiça tardia é injustiça qualificada”.
Pois é.
Só na semana passada, na 5ª feira, 21 de novembro de 2024, precisando de quase 50.000 mortos para justificar a decisão, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu o justo e necessário mandado de prisão contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o carniceiro que comanda o Holocausto da população palestina confinada em Gaza e, de forma irresponsável arrasta o mundo para a beira de uma nova guerra mundial com ataques desnecessários ao Líbano, Síria e Iran.
Com muito atraso, o chamado Tribunal de Haia acolheu denúncia feita pela África do Sul, que para configurar o crime de guerra cometido pelo genocida Benjamin Netanyahu, anexou provas de que as Forças de Defesa de Israel estão assassinando velhos, mulheres, grávidas, adolescentes, crianças e bebês de colo de forma indiscriminada e, até, usando a ‘fome como método de guerra’.
Diante do montão de provas, apesar as pressões dos ‘países ocidentais’ (aqueles submissos às determinações da Casa Branca, a Corte Internacional foi forçada a reconhecer a existência de ‘motivos razoáveis para acreditar que Netanyahu tem responsabilidade criminal por crimes de guerra’.
Mesmo assim, com o nítido propósito de fazer uma espécie de ‘divisão da culpa’, os juízes do Tribunal Penal Internacional incluiram na decisão o igualmente genocida sanguinário Yoav Gallant, ex-ministro da defesa de Israel, e, para contrabalançar a medida, [incluiram] o ex-comandante militar do Hamas Mohammed Deif (que foi assassinado pelas Forças de Defesa de Israel em julho.
Embora tardia, o mandato de prisão contra o primeiro-ministro de Israel cumpre um objetivo importante, pois chancela a carnificina cometida por aquele país nas categorias de ‘Genocídio’ e de ‘Crime de Guerra’, restringindo a circulação internacional do bandido Benjamin Netanyahu aos Estados Unidos (que, além de não ter aderido ao Acordo de Roma, é useiro e vezeiro em dar guarida a criminosos de todas as categorias).
Naturalmente, a punição de Benjamin Netanyahu só ficará completa se a captura ocorrer, preferencialmente, por um país árabe…
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