Gosto não se discute. Esta é a razão de coisas que nos parecem péssimas serem consideradas ótimas por outras pessoas.
Para isto ocorrer, no entanto, há a necessidade da verificação do ‘algo’ a ser considerado. Como alguém poderia gostar das músicas de alguém que jamais compôs qualquer uma [música]?
Pois bem. Ontem, inexplicavelmente, talvez por ter quatro publicações nas áreas jurídica e política, Michel Temer tomou posse na Academia Paulista de Letras, usurpando o lugar que deveria ser ocupado por algum escritor.
Não sei, exatamente, o critério usado pelos seus atuais confrades para fazer a escolha, mas, em um Estado que já elegeu o rinoceronte Cacareco para o senado federal e elege o palhaço Tiririca para a Câmara dos Deputados, tudo é possível.
Será que alguma das vozes que se ergueram contra a presença de Gilberto Gil na Academia Brasileira de Letras vai falar qualquer coisa agora?