Em outubro de 2009, poucos meses após a posse de Barak Obama, surpreendendo o mundo – especialmente por conta das guerras em curso no Iraque e no Afeganistão, que, então, movimentavam diretamente as máquinas de morte dos Estados Unidos -, o Comitê Nobel concedeu o Prêmio da Paz ao presidente norte-americano (que, em última instância é o responsável politico por cada um dos assassinatos cometidos pelas suas tropas.
Se já suscitava muitos questionamentos, ao atribuir o Prêmio Nobel da Paz ao comandante-em-chefe das forças militares do país mais belicoso do mundo, o Comitê Nobel passou a despertar merecidas desconfianças quanto a sua seriedade.
Neste 11 de outubro de 2024, desdenhando a gravidade das carnificinas sangrentas e desnecessárias no Leste Europeu e no Oriente Médio e parecendo querer fugir (ou desviar) do assunto, o Comitê anunciou o Prêmio Nobel da Paz 2024 para a organização japonesa Nihon Hidankyo, que reúne sobreviventes das bombas atômicas lançadas há 79 anos pelos Estados Unidos em Hiroshima e Nagasaki.
Claro que lembrar o ataque nuclear perpetrado pelos norte-americanos é sempre muito bem-vindo, mas, fazer isto neste momento parece falta de coragem para enfrentar um tema, que, pela contemporaneidade e potencial destrutivo, parece mais pertinente.
De qualquer forma, com prêmio ou sem prêmio, lutar pela paz (ou contra aqueles que não a querem sempre) um gesto merecedor das maiores homenagens.
Viva todo mundo denuncia o caráter sanguinário dos Estados Unidos e quer a destruição da indústria armamentista!
Leia mais em
www.alexandresanttos.com.br