Em 31 de agosto de 2016, ao assumir a presidência da república no curso de um golpe de estado, o usurpador Michel Temer deu imediata largada a agenda liberal derrotada nas eleições de 2014 e o fez com grande pressa, demolindo grande parte da construção humanista erguida cuidadosamente nos últimos anos.
Pela vontade dos golpistas liberais não teria restado qualquer vestígio dos avanços conquistados pela sociedade nos governos de Lula e de Dilma Rousseff.
No embalo dos ventos liberais, Michel Temer fez muito mal ao Povo brasileiro, incluindo a adoção do chamado Teto de Gastos – uma emenda constitucional aprovada sintomaticamente num dia 13 de dezembro (aniversário do AI 5), que, na prática, instituiu o congelamento dos investimentos sociais (saúde, educação, segurança, cultura, desenvolvimento científico e tecnológico, combate à fome, etc., etc.) por vinte anos – se imiscuindo, observe, nos governos vindouros.
Pelo tal Teto de Gastos, preservadas as despesas financeiras com a dívida pública (o capitalismo liberal não admite qualquer ameaça aos interesses dos banqueiros), o governo federal é obrigado a congelar o Orçamento, cujos valores só podem ser corrigidos de acordo com a inflação do ano anterior.
Assim, em grande parte, o Teto de Gastos justificou a inação social dos governos Temer e Bolsonaro.
Agora, no entanto, disposto a desfazer malvadezas impostas ao País pelos liberais, Lula decidiu acabar com o Teto de Gastos, substituindo-o pelo chamado Arcabouço Fiscal – um mecanismo de controle menos perverso, pois garante a realização das despesas sociais indispensáveis.
Embora ainda haja muita coisa por fazer, a remoção do Teto de Gastos é um significativo passo da jornada que o Brasil precisa trilhar para ser o país desejado pelos humanistas.
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