Na 6ª feira, dia 10 de maio de 2024, com 143 votos a favor, nove contra (Argentina, Israel, Estados Unidos, República Tcheca, Hungria, Micronésia, Nauru, Palau e Papua-Nova Guiné ) e 25 abstenções, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução que abre caminho para a admissão da Palestina como seu 194° membro pleno e, ainda, concede ‘novos direitos e privilégios’ aos palestinos.
Embora não se possa elogiar os 25 países que permaneceram neutros e se abstiveram de votar, sem medo de errar, pode ser dizer que os nove países que disseram não à resolução representam o rebotalho da diplomacia e se sentem confortáveis com o genocídio perpetrado pelas Forças de Defesa de Israel contra a população palestina da Faixa de Gaza, pouco se lixando para o sangue derramado pelas mulheres, gestantes, adolescentes, crianças e bebês de colo.
Aliás, a aprovação da resolução pela Assembleia Geral da ONU serviu para desnudar, mais uma vez, a incompatibilidade de Israel com o mundo civilizado.
Pode parecer inacreditável, mas, ao final da votação que aprovou a proposta em benefício da Palestina, em meio a um rompante de Ira, o embaixador israelense Gilad Ardan subiu ao púlpito e, em desrespeito máximo à Organização das Nações Unidas, depois de esbravejar contra o mundo civilizado, usou um triturador portátil para destruir a Carta das Nações Unidas.
Se não respeita a ONU, por que Israel não devolve o status de país que lhe foi concedido pela própria ONU?
Por outro lado, se quer ver respeitada a Carta das Nações Unidas, por que a ONU não suspende a condição de estado-membro desfrutado por Israel?
Parece claro que, sob os cascos de Benjamin Netanyahu, a ação do governo de Israel não justifica a sua existência como Estado.
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