Os mais experientes sabem que, se almeja um lugar entre os mais poderosos, o país precisa elevar a arte, a cultura, a ciência e a tecnologia à condição de elementos estratégicos do desenvolvimento.
Esta, talvez, seja a razão de o Brasil não conseguir deslanchar na corrida das nações.
Dar prioridade a uma área significa, não apenas prestigia-la no discurso político, mas, também (e principalmente), aquinhoa-la com orçamentos e financiamentos compatíveis com os níveis de importância a ela atribuídos.
Entre os diversos exemplos da secundarização destes elementos no Brasil, está a inexistência de uma marca de automóveis genuinamente nacional. Pode olhar o movimento das ruas: vemos Fiat, Volkswagem, Toyota, JAC, Ford, Kia, Renault, Citröen, mas nenhum automóvel de marca brasileira.
Aliás, nunca é demais lembrar a situação vivida pela antiga fábrica Gurgel que – apesar de ter desenvolvido tecnologia nacional para a produção de veículos de propulsão elétrica ainda em 1974 – jamais recebeu estímulos significativos e, depois, com o desdém do governo FHC, terminou por fechar as portas.
Nunca é tarde para começar.
A sociedade brasileira espera que, em contraste com o obscurantismo vivido especialmente nestes últimos seis anos, o governo Lula prestigie a arte, a cultura, a ciência e a tecnologia, dando uma chance ao Povo brasileiro para se firmar entre os mais desenvolvidos do Planeta.