Gosto não se discute, pois cada tem o seu. Esta condição – tão bem traduzida na frase ‘o que seria do amarelo se todos preferissem o vermelho’ – é a essência da arte, sendo a razão de coisas iguais serem mostradas de tantas formas diferentes.
Disse isto para comentar o visual acanhado do avião presidencial do governo brasileiro.
Eita coisinha sem graça.
Parece ‘coisa de engenheiro’, cuja atenção se prende a funcionalidade, desleixando completamente as questões estéticas.
Será que aquele visual pobre e monótono decorre de recomendações diplomáticas ou de segurança?
Claro que não.
Talvez seja o caso de o presidente Lula mandar uma equipe de arquitetos e publicitários estudar com melhorar a aparência do avião Airbus A319CJ que serve a mais alta autoridade do Brasil – um país tão colorido e de bandeira tão bonita.
Pode ser que minha preocupação com a beleza seja irrelevante.
Pode ser.
Lembro que uma vez, sem sucesso, tentei convencer o Almirante Othon Pinheiro, então presidente da EletroNuclear, a ajardinar o entorno e pintar o depósito de resíduos radioativos com cores não-soturnas.
Compreendi o não acatamento da minha sugestão, pois, afinal de contas, aquele galpão é usado para armazenar coisas perigosas e precisa, por si próprio, impor certo medo.
Este não é o caso do avião que transporta o presidente do Brasil (só acontecia isto quando o presidente era Jair Bolsonaro, mas este está fora do poder, inelegível e quase-preso).
Leia mais em
www.alexandresanttos.com.br