Hoje é um dia triste para a cultura regional. Talvez por ter cumprido a jornada para a qual foi designado ou pelo impulso de conhecer outras dimensões, Olímpio Bonald Neto alcançou a Grande Inflexão da Vida e partiu, deixando um rastro de luz e de cultura que vai nos iluminar por muito tempo.
Na existência entre nós, Olímpio Bonald Neto deixou a sua marca em muitas searas.
Além de advogado, professor e historiador, Olímpio atuou em vários campos da cultura e da arte – foi ensaísta, folclorista, contista e poeta – atingindo os mais elevados patamares de excelência.
Tive a sorte de conviver com Olímpio – que me deu a honra de prefaciar G’Dausbbah (meu único livro de poemas) – não só na Academia de Letras e Artes do Nordeste, mas, também, na União Brasileira de Escritores, onde presidi as solenidades que o alçou ao cargo honorífico de Presidente Emérito e [que] o admitiu na Ordem do Mérito Literário Jorge de Albuquerque Coelho.
Aliás, pelo jeito de ser e de agir, por onde passou, Olímpio Bonald Neto estimulou arte e criou amigos e fãs. Infelizmente, chegou a hora da despedida.
Vai Olímpio. Segue a luz que te chama com a certeza que, aqui, vamos prantear a sua ausência e desfrutar a sua belíssima obra.