Depois do longo período iniciado com o golpe de 2016, só agora em 01 de janeiro de 2023, com a posse triunfal de Lula, o Brasil pode reiniciar a jornada de volta a trilha do crescimento econômico e do desenvolvimento social.
Mas, como enfrenta o ranço golpista da extrema-direita, esta retomada não será fácil.
De fato, decididas a manter o regime obscurantista de mal-estar social que ganhou força no governo Bolsonaro, movidas por discurso de ódio eivado de mentiras e falácias, hordas reacionárias teimam em não aceitar a Democracia e o Humanismo.
Em gestos planejados que contam com farto financiamento, passaram a enfrentar o poder público e a sociedade brasileira.
Depois da eleição de Lula em 30 de outubro de 2022, os bolsonaristas cometeram muitos atos golpistas com nível violência variável, mas sempre presente.
A escalada golpista começou no dia seguinte ao anúncio do resultado das eleições com o bloqueio de estradas federais e instalação de acampamentos diante de quartéis do Exército.
Mas, o assanhamento dos extremistas não parou aí. No dia 12/12, poucas horas após a solenidade de diplomação de Lula pelo TSE, os golpistas sacudiram Brasília com uma onda de terror, incendiando carros e ônibus e tentando invadir a sede da Polícia Federal.
Em 24/12, o CAC bolsonarista George Washington, ponta de lança de um vasto esquema terrorista, tentou explodir um caminhão-tanque no aeroporto de Brasília.
Agora, nesta semana, numa espécie de terror máximo, ao tempo que destruíam três torres de transmissão de energia (duas em Rondônia e uma no Paraná), os golpistas marcharam sobre Brasília e, contando com a cumplicidade e omissão de autoridades bolsonaristas, invadiram, depredaram e saquearam os edifícios-sede dos poderes da república.
Esta situação não pode continuar.
Ao que parece – por não terem atingido o patamar mínimo de civilidade para compreender o significado da Lei e ser completamente incompatíveis para a vida em convívio democrático -, os golpistas precisam ser tratados com a dureza máxima.
Pela insistência como mantém o comportamento golpista, os bolsonaristas não alcançaram o significado das punições já aplicadas e anunciadas pelas autoridades democráticas e, talvez, seja necessário mostrar-lhes o poder do Estado em sua plenitude.
Que, agindo com a forma como já demonstrou saber agir, o ministro Alexandre de Moraes seja duro o suficiente para os golpistas aprenderem que com Democracia não se brinca.