A situação jurídica da gentalha presa por envolvimento nos atos golpistas e terroristas que a turma do Capetão vem cometendo desde a derrota eleitoral de Jair Bolsonaro, em 30 de outubro de 2022, é muito difícil.
As autoridades não estão a caça apenas dos bolsomínions que – demonstrando baixa capacidade cognitiva, suportando o rigor das intempéries e os desconfortos próprios dos acampamentos – passaram mais de dois meses diante dos quartéis, enchendo o nosso saco, a rogar por uma intervenção militar capaz de recolocar o Capetão no poder.
As autoridades estão investigando a indenidade e o paradeiro daqueles que conceberam, planejaram, estimularam, orientaram, financiaram e, eventualmente, participaram das atividades, sobretudo daquelas de índole terrorista como as acontecidas em 12 e 24 de dezembro, a derrubada das torres de transmissão de energia e, claro, a invasão, destruição e saque aos edifícios sede dos poderes nacionais, no domingo.
Dizem que a lista dos encrencados é grande e, impulsionada pelo sistema de denúncias criado pelo ministério da justiça e pelo STF, não para de crescer.
Vale dizer que a busca aos golpistas não se limita à Brasília – onde o complexo penitenciário da Papuda já está de papo cheio e, mesmo com a liberação dos velhos, doentes, grávidas e mulheres-arrimo por razões humanitárias, continua a receber golpistas -, sendo muito mais amplo, atingindo o exterior (muitos golpistas se refugiaram fora do Brasil, sobretudo nos EUA, onde estão Jair Bolsonaro, Anderson Torres e Allan dos Santos, entre outros).
Este processo vem sendo muito elucidativo, pois ao tempo que naturalmente aponta grandes cúmplices do golpe – o deputado Ricardo Barros, por exemplo, apressou-se em culpar o ministro Alexandre de Moraes pelos acontecimentos do dia 08 de janeiro, o deputado Victor Hugo já encaminha projeto-de-lei instituindo a anistia para todos os envolvidos nos atos golpistas e o governador de SC Jorginho Mello orientou a defensoria pública de Santa Catarina a prestar toda a assistência jurídica necessária aos golpistas encalacrados -, deixa claro a inconsistência da formação política dos bolsonaristas e bolsomínions, pois, embora clamassem pela volta do regime militar e bradassem contra o ‘tratamento suave’ pedido para o presos pelas organizações de direitos humanos, quando se viram com protagonistas de situações semelhantes àqueles que pediam para o Pais, mudaram repentinamente de opinião.
A Constituição Brasileira garante o direito de defesa para todos os réus e, pessoalmente, tendo em vista o nível de maluquice demonstrado pela maioria dos patriotários, acho que a melhor estratégia seria a alegação de insanidade mental.
Acontece que, como afirma o velho provérbio popular (com o qual, diga-se de passagem, não posso concordar) ‘doido também apanha’.