Ontem, com atraso de quase nove anos, finalmente, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se manifestou contra a apropriação indébita da camisa canarinha por grupos conservadores e reacionários, que passaram a usá-la (usar a camisa) como símbolo de patriotismo e, por exclusão, insinuar o não-patriotismo daqueles que não a usam.
Com a apropriação, os conservadores e reacionários criaram uma espécie de armadilha, pois quem usa o verde-amarelo passou a ser contabilizado como parceiro (como aconteceu nas pseudo-comemorações do bicentenário, quando, independe da preferência política, todos que usaram o verde-amarelo foram considerados bolsonaristas).
Agora, no entanto, diante dos ataques golpistas e terroristas perpetrados pela extrema-direita fardada de verde-amarelo, a CBF resolveu livrar seu envolvimento com os fascistas brasileiros e, em nota, distribuída à imprensa, depois de afirmar que “a camisa da seleção brasileira é um símbolo da alegria do novo povo”, a CBF lembrou ser “uma entidade apartidária e democrática” e esperar “que a camisa seja usada para unir e não para separar brasileiros”.
Apresar disso, considerando a sua índole pirata, não acredito que os conservadores e reacionários (especialmente a extrema-direita), reconheça a apropriação indébita e, espontaneamente, devolva a camisa canarinha (e os outros símbolos nacionais) ao Povo brasileiro.
Ainda vai passar algum tempo até que o Brasil possa retomar os símbolos esbulhados por aquela gentalha.