Conforme já se sabia, a turma do Capetão não vai parar de tentar o golpe. Ontem, usou mais um dos projetos disponíveis na prateleira organizada por Steve Bannon (o estoque está se acabando).
Desta vez, em gesto extemporâneo e completamente dissociado do calendário oficial, bem ao estilo de quem quer apenas fazer confusão, o presidente do Partido Liberal (PL) Waldemar Costa Neto convocou entrevista coletiva para informar ter entrado com representação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo que o resultado do 2º turno das eleições (só o 2º turno) seja expurgado dos votos apurados em 279.336 urnas (40,82% das urnas utilizadas), em providência que daria a vitória a Bolsonaro com 51,05% dos votos válidos.
Uma piada!
Sem entrar no mérito do pedido estapafúrdio, quinze minutos depois de receber a solicitação ção do PL, o ministro-presidente do TSE Alexandre de Moraes a despachou e – sem alusão aos exaustivos testes realizados nas urnas (inclusive pelos partidos políticos, universidades, entidades e até pelas forças armadas) mas registrando que as mesmas urnas foram usadas no 1º turno – pediu que o PL a reformulasse [reformulasse a representação], pedindo que, além do 2º turno, o requerimento também se estendesse ao 1º turno.
Uma ducha de água fria nos planos golpistas do PL, pois, no 1º turno, realizado com as mesmas urnas agora contestadas, o partido de Waldemar Costa Neto (e de Jair Bolsonaro) elegeu 99 deputados federais e formou a maior bancada no Senado.
Na realidade, a bazófia de Waldemar Costa Neto atende a pressões de Jair Bolsonaro e tem o propósito exclusivo de alimentar o discurso golpista dos patriotários e bolsomínions e, também, dar alguma justificativa aos terroristas da extrema-direita que permanecem nas estradas federais perturbando o trabalho dos caminhoneiros.
Está claro que, durante muito tempo ainda, o Brasil vai assistir episódios como o ocorrido ontem, pois a horda golpista de Bolsonaro não tem qualquer compromisso com a Democracia e parece não ter o senso do ridículo.