Hoje à tarde, às 16h, a seleção do Brasil fará a sua estreia na Copa do Mundo. Em outros tempos, seria um dia ideal para os boiadeiros fazerem passar boiadas e aproveitar a situação para cometer ilegalidades e ganhar uns tostões a mais.
Mas, os acontecimentos dos últimos dias colocaram pulgas nas orelhas, produziram urticárias e eletrizaram arrepios nas peles mortas daquele pessoal bandido.
Neste momento, ao invés de tanger projetos duvidosos por brechas nas leis, os espertalhões da extrema-direita devem estar pensando em como sobreviver ao vendaval que os colheu, especialmente nas últimas horas.
Todos lembram que, abusando da natural passividade dos brasileiros, da permissividade da lei, da cumplicidade das autoridades e do poder advindo dos setores aparelhados durante o governo Bolsonaro, a extrema-direita resolveu ‘tocar o terror’ no País, criando focos de violência nas estrada para impedir a circulação de veículos através da agressão de pessoas, do estabelecimento de bloqueios e da destruição de cargas e caminhões, gerando um clima de incerteza e de insegurança através da disseminação de notícias falsas e questionando o resultado das eleições para colocar a própria Democracia em risco.
Acontece que, atrapalhando os planos golpistas daquele pessoal, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e responsável pelos chamados inquéritos dos atos antidemocráticos e das milícias digitas, chamou o feito à ordem e, em reação que contou com o imediato apoio da sociedade, determinou a efetiva aplicação de multas pesadas (R$ 100 mil por hora de bloqueio nas rodovias) e a prisão dos líderes baderneiros e terroristas; [determinou] o desmonte de alguns dos acampamentos golpistas erguidos em áreas estratégicas; [determinou] o bloqueio das contas bancárias de empresários e empresas financiadores das ações golpistas; [determinou] a suspensão do regime de monetização de sites golpistas (incluindo a JovemPan); [determinou] o sumário arquivamento da ação na qual o Partido Liberal (PL – partido do presidente Bolsonaro) pedia a anulação dos votos colhidos em 59% das urnas (só no 2º turno); [determinou] a aplicação de multa no valor de R$ 22,9 milhões à Coligação Bolsonaro (PL, PP e Republicanos) por litigância de má-fé, [determinou o bloqueio do fundo partidário daquelas agremiações até o efetivo pagamento desta multa e [determinou] a inclusão do presidente do PL Waldemar Costa Neto nos inquéritos dos atos antidemocráticos e das milícias digitas além da sua investigação por ‘possível cometimento de crimes comuns e eleitorais com a finalidade de tumultuar o próprio regime democrático brasileiro’.
Diante da completa ausência do poder executivo, o ministro Alexandre de Moraes vem constituindo a muralha que barra o golpe articulado pela extrema-direita.
Com tudo isso, no entanto, da mesma forma que, em alguns covis, espertalhões continuam a tentar passar boiadas, em alguns porões, bandidos lesa-pátria continuam a articular novos lances golpistas.