Assim como parte do gado que ainda o apoia, quando não está praticando maldades ou ilegalidades, Jair Bolsonaro está flutuando no mundo dos lunáticos (para segurança das pessoas, ele deveria receber doses reforçadas de algum traja-preta potente).
Imagine que agora, talvez sentindo-se mais especial do que o mais especial dos dignatários reformados, além daquilo reservado aos ex presidentes pela lei, [Bolsonaro] quer que o governo federal lhe custeie um carro blindado.
Se fosse menos voador, antes de acrescentar mais esta besteira ao seu vasto currículo, Bolsonaro poderia ter olhado para trás e verificado que seu próprio governo jamais deu o tal carro-blindado que quer para si a qualquer dos ex presidentes ainda vivos (José Sarney, Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso, Lula, Dilma Rousseff e, ainda, o usurpador Michel Temer). Naturalmente, tendo em vista as suas estreitas relações com facções criminosas, eventualmente, Bolsonaro poderá ser ver no fogo cruzada de alguma briga de gangues.
Mas, isto é outra coisa.
O fato é que, ao exigir o tal carro-blindado, Bolsonaro escreveu mais um dos muitos capítulos nos quais marca presença no anedotário da política brasileira.
Vamos ver o que Bolsonaro vai dizer à Polícia Federal no inquérito que apura o episódio das joias árabes.