Se deve a Steve Bannon a sistematização das técnicas de criação das bolhas de desinformação nas quais são criadas e cevadas as levas militantes da extrema-direita que, oferecendo as ridículas demonstrações de insanidade, atuam no Brasil (e no mundo todo).
Com efeito, observando fenômenos que já aconteciam aqui e ali, sobretudo por iniciativa de espertalhões da política e da religião, o norte-americano Steve Bannon criou uma espécie de manual, cujas receitas, com os naturais ajustes às circunstâncias locais, vêm sendo aplicadas por toda a parte.
Um dos elementos básicos da receita geral é a convicção de ‘estar do lado certo’ (o erro está sempre no comportamento dos outros) e, numa espécie de consequência, a sensação de plena impunidade (‘como estou certo, não posso ser punido’, os incautos são levados a pensar).
Mas não é bem assim.
Na realidade, existem leis (que devem ser cumpridas) e à eventuais desobediências correspondem penalidades.
Aliás, a descoberta de que – ao contrário daquilo inculcado nas bolhas [de desinformação] -, toda ação está sujeita algum tipo de regra costuma despertar decepções.
Este é o caso vivido pela maioria dos patriotários envolvidos nas recentes ações golpistas cujo ápice foi o Oito de Janeiro, muitos dos quais já recolhidos aos complexos penitenciários da Papuda e da Colmeia, em Brasília.
Contrastando com a expectativa daqueles [patriotários] que ainda contam com a ‘anistia’ ou o ‘perdão presidencial’ a eles prometidos, os processos judiciais avançam.
Ontem, por exemplo, seguindo os prazos normais, a Procuradoria Geral da República (PGR) deu início à nova fase dos processos contra os bolsonaristas-criminosos envolvidos no Oito de Janeiro e formalizou junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitação para a condenação de 40 pessoas a penas que, em alguns casos, chegam a 30 anos de cadeia.
A decepção daqueles que, confiando nos seus líderes, se imaginavam acima das leis, é grande.
Pelo visto, os bolsonaristas estão aprendendo que a lei vale para todos da pior forma possível.
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