Depois de muito tempo de maturação – sofrendo pressões por todas as partes, enquanto interpretava os sinais do tempo frente aos balões de ensaio soltados aqui e ali -, finalmente, o presidente Lula indicou Flávio Dino para preencher a vaga aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF).
Como esperado, as oposições – especialmente a velharia do Partido Novo e a extrema-direita encastelada nos partidos Liberal e Republicano – [as oposições] estrilaram, dizendo cobras e lagartos sobre a decisão de Lula.
As reações contrárias percorrem um vasto leque desde o fato de Flávio Dino pertencer ao governo e ser amigo pessoal de Lula (fatos que comprometeriam a isenção necessária a um ministro do STF) até o fato de ele ser do gênero masculino (e, portanto, representar uma opção machista, pois reduz a presença de mulheres no STF), passando por acusações pessoais ao indicado.
Sabendo que, para cada opinião contrária, existem muitas outras [opiniões] favoráveis e, mais ainda, que nenhuma das acusações pessoais a Flávio Dino tem fundamento, Lula está firme no desejo de vê-lo vestir a Toga dos ministros.
Vale lembrar que, antes de cumprir a belíssima carreira política que o levou à câmara dos deputados, ao governo do Maranhão, ao senado da república e, finalmente, ao ministério da justiça e segurança publica, Flávio Dino bacharelou-se em direito com distinção, fez o mestrado, foi juiz federal e diretor da Escola de Direito do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), sendo, portanto, perfeitamente habilitado à mais alta corte do País.
Na realidade, a reação dos bandidos, mafiosos, milicianos e golpistas à indicação de Flávio Dino ao STF talvez seja a maior prova do acerto da decisão de Lula.
A presença de Flávio Dino no STF só não será uma ‘opção perfeita’ porque vai privar o Brasil dos shows de retórica e conhecimento jurídico que ele oferece por ocasião das convocações por comissões da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para prestar esclarecimentos sobre assuntos quaisquer.
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