Certa vez, comentando sobre alguma das super-maluquices do quadrúpede, com ar espantado, a jornalista Natuza Nery disse que “A legislação do Brasil não está preparada para Jair Bolsonaro”.
Ela tinha (e tem) razão, pois o legislador brasileiro nunca imaginou que alguém tão despreparado e irresponsável como Jair Bolsonaro pudesse chegar à presidência da república.
Acredite que agora, graças a uma reportagem do jornal norte-americano The New York Times (em lance que, na prática, desmoralizou a imprensa brasileira), a sociedade tomou conhecimento que, em fevereiro deste ano, tão logo teve o passaporte apreendido por determinação do ministro Alexandre de Moraes, por dois dias, o ex-presidente Jair Bolsonaro esteve aboletado na embaixada da Hungria – o que, na prática, significa uma fuga do País, pois, conforme preconiza a lei internacional, as embaixadas são consideradas território estrangeiro.
Além de denunciar o esquema norte-americano de espionagem e, em contra-ponto, a incompetência/despreparo da imprensa brasileira, o episódio revela que, contando com o suporte da extrema-direita mundial (da qual o húngaro Viktor Orbán é um dos principais líderes), Jair Bolsonaro está pronto para se evadir do País.
Ao tomar conhecimento da matéria, agindo como o dono-de-casa que tranca a porta após o roubo, o ministro Alexandre de Moraes pediu explicações da atitude ao ex-presidente e o Itamaraty fez o mesmo com a embaixada húngara em Brasília.
Na realidade, de modo a evitar surpresas e tendo ficado claro a intenção fugitiva de Bolsonaro, talvez seja o caso de prende-lo imediatamente.
A Papuda está bem ali e tem baias preparadas para acomoda-lo.
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