Existem elementos fundamentais para atestar o sucesso das reuniões.
Em tempos vividos pelo Recife no passado, por exemplo, quem atestava o sucesso de uma festa era a presença do chamados ‘irmãos evento’ – uma dupla de ‘bicões’ (Joel e Abrahão Datz) que, independentemente do rigor como os convites eram exigidos, sempre encontravam jeito para penetrar nas grandes festas e, tendo em vista o seu bom gosto na escolha dos eventos aos quais compareciam, passaram a servir como uma espécie de certificado de qualidade – um evento só era considerado de sucesso se os tivesse como penetras).
Não é sem razão que os entendidos no assunto dizem que, para ser completo, um comício precisa ter a presença de um bêbado, de um maluco e de um provocador.
Talvez esta seja a causa de alguns estrategistas da extrema-direita tanto desejarem um cadáver para, na condição de ‘mártir’, criar uma referência e dar consistência, não apenas às suas manifestações, mas, também, às acusações que fazem contra o governo Lula.
Assim, da mesma forma que Odorico Paraguaçu procurava um cadáver para inaugurar o cemitério de Sucupira, os estrategistas da extrema-direita o procuram (inclusive para embasar o discurso já preparado de que o Brasil vive uma ‘ditadura sanguinária’).
Por isso tudo, não será surpresa se, n’alguma das manifestações convocadas por Bolsonaro e sua turma ocorrer tumulto que redunde na morte de manifestantes (isto pode, inclusive, ocorrer hoje).
Os estrategistas não param de fazer planos.
Quem sabe, algum bolsomínion resolva se imolar como fez um admirador de Donald Trump diante do tribunal que o julga [julga Donald Trump] ou, inspirado na inaceitável história do Tio Paulo, algum deles resolva levar um parente moribundo para a manifestação de apoio a Bolsonaro.
Com aquela turma tudo é possível.
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