Nada como um dia atrás do outro.
Hoje, acompanhados por um séquito de mentes acordeiradas, os republicanos afirmam que Donald Trump venceu as eleições presidenciais dos Estados Unidos. Confesso que, por entender a ‘democracia’ praticada na terra do Tio Sam, não acompanho a rapidez como chegam aos resultados eleitorais.
Se, por um lado, a votação é manual, o que implica numa apuração mais lenta, por outro [lado] até horas antes das eleições, todas as pesquisas de intenção de voto alardeavam um rigoroso empate técnico entre a Kamela e o Trump, tornando impossível avaliar a inclinação do delegados (que não são obrigados a seguir a voz das urnas).
Mas, parece que algo acelerou o processo.
Como alguns desconfiavam, assim que teve a chance, Donald Trump proclamou vitória e, despertando um efeito manada, consolidou um grito de ‘já ganhou’ por todos as partes do mundo.
Naturalmente, a contagem prossegue e os observadores internacionais (a eleição norte-americana foi acompanhada por ‘observadores isentos’? Ou, na terra do Tio Sam, este detalhe é desnecessário?) ainda não se pronunciaram.
Mesmo assim, um montão de chefes de Estado se apressaram em parabenizar o ainda auto-proclamado vencedor da eleição.
Até Lula, que foi tão rigoroso com a eleição na Venezuela e exige ver as ‘atas da apuração’ para reconhecer a vitória de Nicolas Maduro, parabenizou Trump.
De qualquer forma, em se tratando de ‘democracia’ nos Estados Unidos, não será surpresa se, de uma hora para outra, o pessoal da Kamela Harris começar a impugnar urnas e apresentar pedidos de recontagem de votos.
Naturalmente, se fosse o inverso, talvez o pessoal do Trump já estivesse tramando mais uma invasão do Capitólio.
Aliás, para tornar mais transparente o resultado das eleições, as autoridades norte-americanas deveriam apresentar as ‘atas da apuração’ como exigiram da Venezuela.
Evidentemente, isto não impedirá de o presidente venezuelano Nicolas Maduro rejeitar os resultados oficiais e reconhecer a vitória de Chase Oliver, Jill Stein, Cornel West, Claudia De la Cruz ou de qualquer um dos outros candidatos à Casa Branca.
De qualquer forma, para muitos, no caso de confirmar a vitória, como está condenado a cadeia por 33 crimes sérios, para demonstrar que os Estados Unidos são um país sério, Donald Trump deveria governar recolhido a uma cela na prisão federal de Sing-Sing.
Para uns, quem venceu foi Trump, mas, poderia ter sido a Kamela que não faria qualquer diferença, pois, no fundo, são todos iguais.
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