Durante todo o transcorrer da História, a Direita vem transgredindo leis, numa gradação tanto mais intensa quanto mais extremada for a sua posição.
Talvez este apreço pela violação das regras decorra da grave deturpação feita por ela [pela Direita] do conceito de Liberdade – um valor que, segundo ela, é fundamental para a vida (‘uma pessoa pode viver sem respirar, mas não pode viver sem Liberdade’, chegou a dizer Jair Bolsonaro).
O fato é que, na ânsia de desfrutar a máxima Liberdade, o pessoal da Direita não titubeia em violar regras, negando aos outros não só a própria liberdade (liberdade do outro), mas, também, outros direitos, como alimentação, moradia, emprego, renda, etc. etc.
Esta situação, bem traduzida pela frase ‘Eu posso tudo e os outros só podem aquilo que não prejudique os meus interesses ou atrapalhe a minha vontade’, constitui a base do egoísmo residente no pessoal da Direita e explica a sua aversão às políticas públicas preocupadas em garantir os direitos de todos.
Se, a este egoísmo crônico for somado o preconceito (que, via de regra, também lhe é peculiar), tem-se a explicação do comportamento deletério exercido pelas Direitas na sociedade.
Não é sem razão, portanto, que as pessoas preocupadas com a realização do bem-estar social devem estar atentas à (sempre perigosa) movimentação da Direita e, mais ainda, [devem] ser intransigentes com aplicação dos eventuais corretivos capazes de lhes lembrar [lembrar ao pessoal da Direita] a obrigação que todos têm perante a Lei.
É neste sentido que a sociedade brasileira deve encarar a necessidade de o Supremo Tribunal Federal punir com o rigor todos aqueles que atentaram contra a Democracia no País.
Além de atender aos reclamos da Justiça, a punição dos golpistas pode exercer um efeito didático sobre o respeito devido à Lei por todos.
Por isto, não há porque se cogitar em Anistia para os bandidos golpistas. Pelo contrário, o braço da Justiça deve ser ágil e vigoroso para alcançar e punir exemplarmente a todos os envolvidos nas tramas golpistas, não apenas pelos atos, mas, também, por estímulos, planejamentos e financiamentos. Nesta perspectiva, diante das atuais pressões para autorizar a participação de Jair Bolsonaro na posse de Donald Trump (pessoa que, não se pode esquecer, tentou dar um golpe de Estado nos EUA), o Supremo Tribunal Federal (STF) deve, não só negar a liberação do seu passaporte, mas, também, agilizar o seu julgamento de modo a apressar o seu encerramento. A prisão de Bolsonaro, especialmente neste momento, não é só apenas uma questão de Justiça, é o recado que o STF precisa dar a todos aqueles que não respeitam a Lei e a Democracia como únicas formas de tornar possível a vida em sociedade.
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