Quando começou a ser impulsionado pela extrema direita brasileira para um voo mais ambicioso, o então deputado Jair Bolsonaro já tinha a misoginia, homofobia e zoofilia conhecidas por alguns círculos populares, especialmente aqueles aficcionados pelo jornalismo barato praticado por programas de variedades, como o ‘Super Pop’, conduzido pela apresentadora Juliana Gimenez, nos quais ele [Bolsonaro] participava com frequência.
Com o passar do tempo, outros traços da personalidade do Capetão Bolsonaro, como a falta de educação doméstica e os preconceitos racial e regional, também se tornaram muito conhecidos.
Aliás – numa das viagem inaugurais da campanha que, já associando-o ao termo ‘mito’, visava projetá-lo nacionalmente -, em episódio inesquecível aos nordestinos, dando mostras da própria arrogância, então cercado por bajuladadores e completamente despreocupado com as câmeras, entre gargalhadas e gestos obscenos, Bolsonaro insultou as pessoas oferecendo-lhes capim.
‘Os nordestinos são burros’, disse ele àqueles que não o apoiavam. Evidentemente, o nordestino não gostou da ofensa e, sempre que pode, lembra isto ao grosseiro Bolsonaro.
Nesta eleição, por exemplo, reforçando o respeito, admiração e confiança nutridos pelo presidente Lula, a recordação das grosserias de Bolsonaro, levaram o Povo nordestino a dar-lhe [a Bolsonaro] apenas 26% do votos válidos no primeiro turno.
Pois bem.
Não é que, ao invés de pedir desculpas por tudo o que fez (ou que deixou de fazer) à região, cumprindo o conhecido jeito-Bolsonaro-de-ser, Jair Bolsonaro vem renovando as agressões ao Povo nordestino, chamando-o de ‘povo de segunda categoria’?
Posso estar enganado, mas, por aquilo que conheço dos meus conterrâneos, com vontade maior, em 30 de outubro, no segundo turno das eleições, o Povo nordestino vai caprichar para dar a Lula a maior vitória de todos os tempos.
Xô, Bolsonaro!