Estamos em plena campanha para o segundo turno das eleições presidenciais no Brasil, envolvendo Lula – que, no primeiro turno, alcançou a preferência de 48,4% do eleitorado – e Jair Bolsonaro – que, no primeiro turno, obteve o voto de 43,2%.
Apesar de as apurações dos principais institutos de pesquisa afirmarem a definição de quase 90% dos eleitores, a maioria dos políticos insiste em dizer que ‘o segundo turno é uma nova eleição’ e, sendo assim, pouco importa o fato de Lula não ter sido eleito já no primeiro turno pela falta de apenas 1,6% dos votos.
Neste embalo – ao tempo que, de um lado, procura ampliar o leque de sustentação política da sua candidatura pela formação de uma ‘frente ampla’ e, de outro, tenta reforçar sua posição junto ao Povo -, Jair Bolsonaro recorre a um inconsistente coronelismo moderno e, a cada dia, em meio a sorrisos pouco expressivos, anuncia o apoio de governadores de Estado.
Com esta atitude, talvez sem atinar que todos estão percebendo a situação, Bolsonaro desrespeita o Povo brasileiro, equiparando-o a gado sem opinião própria e que, mediante simples aboio de um governador, pode mudar o voto.
Me parece que, como vem acontecendo ao longo da história, a maioria do Povo brasileiro vai demonstrar que, enquanto força política, o coronelismo não mais funciona, deixando claro a irrelevância dos coronéis.