Pode parecer piada, mas, contrastando com o silêncio cúmplice que manteve frente aos disparates, ofensas e senhas golpistas durante os quatro anos de Jair Bolsonaro, em seu editorial de hoje, O Estado de S. Paulo cobra a pacificação do País.
E o faz com apelo ao desarmamento dos espíritos – não pelo pessoal da extrema-direita, que, talvez para cevar as bolhas das quais retira a sua força, mantém o discurso agressivo levado adiante durante o governo e a campanha pela reeleição de Jair Bolsonaro -, mas às suas vítimas, cobrando-lhes perdão àqueles que atentaram contra a Democracia.
‘É hora de encerrar os inquéritos contra golpistas, pois as circunstâncias do País são outras – aquelas ameaças ao regime democrático já não existem mais – e inquéritos criminais não podem permanecer indefinidamente no tempo’ diz o jornal porta-voz do suprassumo das elites quatrocentonas de São Paulo.
Mas não é assim que a banda de tocar, não só pela mensagem de que ‘o crime compensa’ implícita neste tipo de perdão, mas, principalmente, porque, em sendo os mais graves possíveis, os crimes contra a Democracia não podem ser minimizados e as penas aos golpistas devem ser as mais severas possíveis.
Aliás, além dos terroristas, também devem ser penalizados os mentores, os formuladores e os financiadores da tentativa de golpe contra a Democracia Brasileira.
Como diz a campanha cívica: ‘SEM ANISTIA’.
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