A cada manifestação – seja por palavras, propostas ou votos – o homem público faz declarações de compromissos.
Embora possam ser mascaradas aqui e ali com o objetivo de induzir o eleitor a erro, se observadas ao longo do tempo, as manifestações terminam por revelar os verdadeiros compromissos dos homens públicos.
Ontem, por exemplo, ao votar a regulamentação da reforma tributária, esmagando a vontade de 236 parlamentares progressistas, 262 conservadores rejeitaram proposta para a criação do Imposto sobre Grandes Fortunas (que previa a taxação de bens e direitos de qualquer natureza, no Brasil e no exterior, de valor superior a R$ 10 milhões), revelando, assim, o seu verdadeiro compromisso [compromissos destes deputados] com o interesse dos ricos e abastados.
Não é preciso dizer que, sem exceção, encorpando o coro dos ricos e babaovos, todos os deputados bolsonaristas votaram contra a criação do IGF.
Este tipo de comportamento torna mais ridícula a opção eleitoral e política dos chamados ‘pobres de direita’, os quais, apesar de serem permanentemente explorados, permanecem nas fileiras daqueles que os exploram.
Antes de tudo, os ‘pobres de direita’ são pobres de espírito e, portadores das síndromes de Estocolmo e de Nova York e dos complexos de Capacho e de Vira-latas, são naturalmente subservientes e nasceram para atrapalhar a luta daqueles que se empenham nas causas capazes de reduzir as desigualdades e os desníveis econômicos e sociais.
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