Acompanhado pelo pessoal da Direita (de todos os matizes), os liberais insistem na tese do ‘Estado mínimo’ como mantra e panaceia para todos os males padecidos pela Humanidade.
No seu entender, todos os problemas da sociedade (pelo menos, a maioria) advém da excessiva presença do Estado na vida das pessoas e, como solução, recomendam a adoção do ‘Estado mínimo’ – o Estado reduzido à sua menor expressão, com poucas leis, governo diminuto, burocracia inexpressiva, baixa carga de impostos e prevalência de uma tal meritocracia (em substituição às políticas públicas de assistência aos mais pobres – as quais, no dizer de Jair Bolsonaro, instituem um ‘coitadismo’ e que, segundo a deturpação da canção ‘Vozes da Seca’ pelos liberais, “lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão”.
Acontece que, na realidade, seja por preconceito ou por esperteza, pelo menos naquilo que se refere aos grandes capitalistas liberais, a tese do ‘Estado mínimo’ é um chavão aplicado apenas às populações pobres, não valendo para si próprios.
Agora, por exemplo, como se não passassem a vida combatendo os programas sociais de assistência aos pobres e miseráveis (em nome do Estado mínimo),as chamadas ‘montadoras nacionais’ (um punhado de grandes empresas da indústria automobilística – GM, Toyota, Hyundai, Renault, Jeep, Nissan e Honda (que nada têm da brasileiras) – recorre ao Estado Nacional e pede que o presidente Lula intervenha no mercado e crie barreiras tarifárias às importações de veículos elétricos aplicando a alíquota máxima de 35% para protegê-las da concorrência de empresa chinesa BYD.
Muito interessante!
Será que algum dos porta-vozes do liberalismo vai protestar contra o eventual ‘intervencionismo’ do Estado? Ou só protesta quando o governo atua para proteger os pobres?
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