Um grande amigo – que, em vida foi banqueiro (e, diga-se de passagem, de grande sensibilidade social) – era consciente do papel parasita dos Bancos e, pelo menos nas nossas conversas, jamais refutou frases como ‘O que é roubar um banco comparado a fundar um banco?’, de Bertolt Brecht, ou aquela que diz ser ‘um banco bem administrado o melhor negócio do mundo’, atribuindo a um banco medianamente bem administrado a classificação de segundo melhor negócio do mundo e a um banco mal administrado a [classificação] de terceiro melhor negócio do mundo.
Não há como negar o acerto destas frases.
Aliás, guardadas as devidas proporções, do ponto de vista do proprietário, como passa ao largo que questionamentos sobre a legalidade e não se baseia em evoluções tecnológicas (que estão fadadas à inevitável superação) ou [se baseia] em vícios (que sempre podem ser combatidos), um banco é negócio muito melhor e mais seguro do que as big-techs ou as bets tão em moda.
Na realidade, como usam dinheiro alheio como matéria-prima e – como, ao longo dos tempos, aprenderam a converter seu poder econômico em [poder] politico de modo ‘fazer a hora e não precisar esperar acontecer’ – como contam com legislações simpáticas e que os protege nas horas de vicissitudes, os banqueiros enfrentam poucos riscos e (como pagam baixas taxas de juros à seus depositantes, chegando a cobrar-lhes ‘taxas de serviços’ e outras imoralidades, e cobram juros escorchantes àqueles que a eles recorrerem) auferem grandes lucros, justificando a pecha de ser ‘o melhor negócio do mundo’.
Esta condição vem sendo reiteradamente confirmada pelos balanços financeiros dos Bancos, que mostram lucros estonteantes.
Agora, por exemplo, ao divulgar os resultados do terceiro trimestre de 2024, Itaú Unibanco registrou um lucro de R$ 10,675 bilhões, um montante 18% superior ao do mesmo período de 2023 e 6% maior do que aquele contabilizado nos três meses anteriores.
Vale registrar que, com raríssimas exceções, os banqueiros são seres extremamente egoistas, que, se pudessem, teriam todas as riquezas da Terra só para si. São eles (e seu cupinchas) que, em nome da estabilidade financeira, combatem as políticas públicas cujo propósito é dar pão a quem tem fome…
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