Há algum tempo, a sociedade brasileira foi surpreendida com a notícia um mega trambique das Lojas Americanas – um gigante do setor comercial controlado pelos bilionários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles.
Com números impressionantes, o rombo, que, inicialmente, foi estimado em R$ 20.000.000.000,00 (vinte bilhões de reais), na realidade, alcançou valor maior do que o dobro (foi de R$ 43 bilhões).
Aliás, o escândalo das Lojas Americanas ganhou sabor especial pelo envolvimento direto dos irmãos Lemann, os quais, usando dinheiro ninguém-sabe-de-onde, meses antes, tinham liderado a patota controladora da Eletrobrás privatizada.
Logo no começo do problema – quando, para escapar da falência, as Lojas Americanas recorreram ao recurso jurídico da ‘recuperação judicial’ -, o Congresso Nacional ouviu discursos e mais discursos sobre o tema.
Na sequência, a Câmara dos Deputados instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o assunto, despertando a esperança de que o mondé fosse desvendado e os responsáveis [fossem] punidos.
Ledo engano!
Ontem, tentando jogar uma pá de cal na seriedade que o caso requer e um balde de água fria na confiança depositada pela sociedade nos deputados, por 18 votos a 8, a CPI das Americanas aprovou o relatório final preparado pelo deputado-relator Carlos Chiodini, que, como se não tivesse acontecido nada, isentou de qualquer culpa a diretoria e os acionistas da empresa, inclusive os espertalhões Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles.
Só daqui a muitos anos, talvez décadas, o Brasil vai tomar conhecimento daquilo que verdadeiramente ocorreu nos corredores da Câmara dos Deputados para justificar aquela Pizza.
Talvez seja o caso de se criar uma CPI para investigar a CPI das Americanas.
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