O bem-estar das pessoas e da sociedade não figura entre as preocupações dos liberais e capitalistas.
Com efeito, à despeito de toda a miséria e sofrimento decorrentes do livre curso do capitalismo e do ideal Liberal, por não terem o bem-estar entre suas preocupações, seus adeptos [adeptos de capitalismo e do liberalismo] insistem na adoção e difusão dos seus princípios, entre os quais se destacam teses como o Estado mínimo e o superávit (nas suas diversas modalidades).
Agora, por exemplo, não satisfeitas com o estrago já perpetrado por Paulo Guedes nos tempos do quadrúpede Jair Bolsonaro, usando canais da grande mídia, as lobas do liberalismo voltam a lançar o olho grande na dinheirama arrecadada pelo sistema público de previdência social.
Como se não tivesse havido recente saque à previdência e ‘como-quem-não-quer-querendo’, a CNN teve o displante de dizer que o ‘Brasil economizaria R$ 550 bi em dez anos com mudanças nas regras da Previdência’.
Nunca é demais lembrar que, no glossário liberal, ‘reforma previdenciária’ significa aumentar o valor das contribuições e/ou reduzir/sonegar os direitos das pessoas e ‘economizar’ significa deixar de gastar (mesmo que seja em coisas importantes) – se, por exemplo, uma pessoa deixar de almoçar um prato que custa $ 100, no dizer liberal ela ‘economizou $ 100, pouco importando se ela está com fome ou não).
Nesta perspectiva, a observação feita pela CNN não pode ser levada a sério.
Foi pensando em ‘economizar bilhões’ que a prefeitura de POA e o governo do RS deixaram de manter o sistema de proteção contra enchentes e, justamente por não fazer aquilo que deviam ter feito, submeteram os gaúchos a miséria.
Deixar de fazer coisas necessárias não é economia. É irresponsabilidade.
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