‘Com Supremo, com tudo’.
Formulada pelo então senador Romero Jucá para contextualizar a extensão do golpe que se preparava para destituir a presidente Dilma Rousseff do cargo mais importante da república, esta frase bem explica o jeito de ser e de agir do poder judiciário brasileiro, do qual, a depender do humor dos juízes, pode pender para este ou para aquele lado, com igual pose e, considerando a competência como exercita a hermenêutica, [com igual] respaldo jurídico.
Assim, do mesmo modo que acolheu o Lawfare para renovar o golpe de 2016 impedindo Lula de disputar as eleições de 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) recepcionou o processo que anulou as condenações à ele aplicadas [aplicadas a Lula], possibilitando o seu retorno ao Palácio do Planalto e agiu com firmeza para salvar o Brasil do negacionismo de Jair Bolsonaro e para salvar a Democracia da ânsia golpista dos bolsonaristas.
Aliás, por estes dias, ao tempo que, devidamente acobertado pelo querer e pela legislação, o ministro Dias Toffoli anulou sentenças dadas pela LavaJato (leia-se Sérgio Moro) a Marcelo Odebrecht, igualmente acobertado pelo querer e pela legislação, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que outro dia cassou o mandato do deputado Deltan Dallagnol, manteve o mandado do senador Sérgio Moro.
Não acredito no ‘grande acordo’ que se fala por aí. Prefiro acreditar que tudo isso é uma questão de querer e de hermenêutica.
Talvez, esta seja a razão de Jair Bolsonaro ainda não ter sido preso.
Sinceramente, depois de salvar o Marreco, não sei se o Judiciário terá a vontade necessária para enjaular o Quadrúpede.
Acho que não vou colocar a cerveja da geladeira.
Leia mais em
www.alexandresanttos.com.br