Como ocorre a cada quatro anos, em fenômeno cíclico de notável regularidade, como se tratasse de assunto doméstico, a mídia começou a falar das eleições nos Estados Unidos, provocando, inclusive, o surgimento de torcidas para este ou aquele candidato.
O argumento é que, de tão poderoso, tudo aquilo que ocorre por lá termina respingando no mundo inteiro. Não há o que se discutir sobre a importância dos Estados Unidos ou sobre o poder daquele que ocupa a Casa Branca.
A dúvida é se, para o mundo, faz diferença sobre quem é o presidente norte-americano. Lembro de uma das preciosidades criadas pelo inesquecível Lailson de Hollanda Cavalcanti – uma charge publicada no auge da disputa judicial entre os candidatos George W. Bush e Al Gore, mostrando dois cowboys indistintos que trocavam tiros na linha do horizonte e, respondendo à pergunta sobre quem estava vencendo, uma voz dizia: “não sei. Daqui de longe, eles parecem iguais”.
É isso, mesmo.
Em termos de política externa, democratas e republicanos são muito parecidos.
Ou alguém acredita que, dependentes de contribuições de campanha, algum teria liberdade suficiente para fazer grandes modificações?
Aliás, caindo pelas tabelas em todos os quesitos, os Estados Unidos parecem viver os extertores do império.
De qualquer forma, reproduzo e tomo como minhas um comentário brilhante que li na Internet: “Trump é fascista, perigoso e representa os interesses mais nefastos da plutocracia americana. Biden é fascista, perigoso e representa os interesses mais nefastos da plutocracia americana.”
Não há diferenças significativas entre eles.
Leia mais em
www.alexandresanttos.com.br